quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

METADE DAS CRIANÇAS COM PHDA MANTÊM SINTOMAS NA IDADE ADULTA

Entre 5 a 8% das crianças em idade escolar sofrem de Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) com consequências na área cognitiva, comportamental, social e escolar. De acordo com o diretor do Centro da Criança e do Adolescente do Hospital CUF Porto, Emídio Carreiro, “a PHDA é habitualmente diagnosticada em idade escolar, no entanto, aos 4/5 anos já podemos ter alguns sinais de alerta aos quais os pais e educadores devem estar atentos”. E acrescenta que “cerca de metade das crianças com PHDA serão adultos com alguns dos sintomas desta perturbação”.

O tema vai estar em destaque num workshop gratuito, que tem como objetivo ajudar pais e educadores a enfrentar os sinais desta patologia, e que vai ter lugar no Auditório do Hospital CUF Porto no próximo dia 21 de fevereiro.

Incapacidade de estar atento na escola, dificuldade em dar seguimento a jogos ou mesmo assistir a filmes, não escutar, manifestar desinteresse em tarefas que exijam esforço mental ou perder frequentemente objetos, são algumas das manifestações da PHDA. E são precisamente estas queixas de pais e educadores que devem ser avaliadas em consulta específica.

De acordo com Emídio Carreiro, as crianças com PHDA “têm uma impulsividade evidente e lidam mal com a frustração de não conseguir atingir objetivos. Não esperam pela sua vez, quer seja nas regras de jogo, quer seja nas conversas, que interrompem frequentemente”. Além disso, muitas situações tidas como preguiça ou má educação poderão representar um dos grupos base desta perturbação, acrescenta o pediatra.

O diagnóstico precoce da PHDA é fundamental dado que, de acordo com Emídio Carreiro, muitas crianças têm outras perturbações associadas e que devem ser simultaneamente tratadas, desde perturbações da linguagem, do comportamento ou do sono. Além de haver tratamento farmacológico, adaptado a cada uma dos componentes mais evidentes, o conhecimento desta patologia, suas manifestações e a forma de lidar com os sintomas poderão ajudar a família e os educadores. Foi neste sentido, explica Emídio Carreiro, que o Centro da Criança e do Adolescente do Hospital CUF Porto criou a consulta de PHDA, que engloba uma equipa multidisciplinar de pedopsiquiatras, pediatras de desenvolvimento e psicólogos.

Fonte: Local.pt por indicação de Livresco

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