quinta-feira, 27 de agosto de 2015

UTAD aposta em “jardins terapêuticos”

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), através do curso de Arquitetura Paisagista, está a realizar estudos com vista à implementação de “jardins terapêuticos” em espaços hospitalares e instituições sociais, procurando demonstrar a sua mais-valia na promoção da saúde do bem-estar físico, social e psicológico dos utentes.

Segundo Frederico Meireles, docente e investigador da UTAD, “as áreas residenciais com jardins de proximidade têm provado ter menor ocorrência de problemas mentais, promovendo a interação social e o sentimento comunitário, oportunidades de escape às atividades diárias exigentes e espaços para exercício físico, bem como oportunidades para restauração mental e alívio do stress, e também nesta medida, as zonas urbanas próximas dos espaços verdes são mais seguras e menos propensas à violência e ao vandalismo”.

É justamente a vocação dos parques e jardins para a regeneração mental e física do ser humano que vem merecendo a atenção da UTAD, procurando-se com a sua implementação ver provada uma eficiente redução dos custos com a saúde e segurança das sociedades urbanas. (...)

Entretanto, e no âmbito deste mesmo projeto, a jovem investigadora Lina Fernandes tem vindo a estudar o caso da quinta da Associação de Paralisia Cerebral de Vila Real, com o intuito de desenvolver um espaço exterior adaptado às necessidades terapêuticas.

Mais recentemente o projeto final de mestrado de arquitectura paisagista de Guilherme Fernandes, focou o campus da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), em Sabrosa, tendo resultado no projeto de um espaço adaptado a utilizadores com necessidades especiais e com capacidade de auxiliar as terapias no espaço exterior.

Outros estudos em desenvolvimento em parques e jardins, pelos professores Frederico Meireles Rodrigues e Sandra Costa, têm também focado o comportamento das pessoas, a sua percepção e a relação emocional que estabelecem com os espaços exteriores.

Fonte: Ciência Hoje por indicação de Livresco

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