quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Há mais 500 professores contratados nas escolas

A partir de quinta-feira, 1 de setembro, haverá mais 500 professores contratados nas escolas por comparação ao total dos que foram colocados durante o ano lectivo passado, anunciou nesta terça-feira o gabinete de comunicação do Ministério da Educação (ME).

Conhecidos os resultados do concurso de contratação inicial de professores, destinado a docentes que não pertencem ao quadro, as contas são estas: foram colocados 7306 professores contratados, o que corresponde a um acréscimo de cerca de 500 por comparação a 2015/2016. Esta é a informação dada pelo ME que, contudo, informa no seu comunicado que os resultados divulgados dizem também respeito ao concurso de mobilidade interna, que se destina apenas aos professores do quadro e cujo número não é especificado no documento enviado à comunicação inicial. 

Consultadas as listas publicadas na página electrónica da Direção-Geral da Administração Escolar conclui-se que houve cerca de 51 mil candidaturas. O número de candidaturas é superior ao de candidatos já que cada professor pode concorrer para leccionar mais do que uma disciplina. Os grupos de recrutamento com mais candidaturas foram os do 1.º ciclo e Educação Especial.

Como os mecanismos de contratação foram alterados, também existe esta contabilidade: por comparação ao que se registou no final de agosto de 2015 estão colocados nesta altura mais 3524 docentes contratados, indica o ME, que acrescenta o seguinte, para justificar este aumento: “Este ano todos os docentes foram colocados em simultâneo na contratação inicial, ao contrário do que aconteceu no ano passado quando os docentes foram colocados, progressivamente, em Bolsa de Contratação de Escola, entretanto extinta, arrastando-se o processo ao longo do ano lectivo."

No ano passado foram contratados 3782 professores em contratação inicial e 3030 em Bolsa de Contratação de Escolas (BCE), procedimento que ocorreu após a contratação inicial, e através do qual eram escolhidos os docentes para as cerca de 300 escolas com contrato de autonomia ou inseridas nos chamados Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP)

A eliminação da BCE foi uma das primeiras medidas do ministério de Tiago Brandão Rodrigues. Através da Bolsa de Contratação de Escola, criada pelo anterior ministro Nuno Crato, os docentes contratados eram colocados com base na sua graduação profissional (que junta a média de curso com os anos de serviço) e também em critérios próprios fixados pelas escolas. 

Logo no primeiro ano da implementação da BCE, em 2014, um erro na aplicação informática que geria este mecanismo levou a atrasos na colocação de centenas de professores. Atrasos que se prolongaram até ao final do 1.º período.

Em 2015, a situação melhorou, mas o tempo de colocação de professores através da BCE continuou a ser mais demorado do que pelo concurso nacional, já que os docentes podiam candidatar-se a centenas de escolas. No início do ano lectivo passado, a tutela tinha recebido 2,3 milhões de candidaturas na BCE para um total de 7573 concursos. A morosidade foi precisamente o argumento evocado pelo novo ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues para pôr fim à BCE.
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Fonte: Público

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